Contextualizando um pouco a temática da infografia, esta retrata a descida de preços em determinados produtos entre o período do ano 2000 e 2010. Relativamente ao tema e não tendo particularmente nada relacionado com artigo da minha infografia, foram essencialmente os elementos que me chamaram a atenção. A utilização da escala nesta composição foi, do meu ponto de vista, extremamente interessante nomeadamente para criar a ideia de discrepância entre os valores dos produtos nos anos de 2000 e 2010. – “Small multiples designs, multivariate and data bountiful, answer directly by visually enforcing comparisons of change, of the diferences among objects, of the scope of alternatives.” (Tufte, 1990: 67) O resultado do uso desta técnica resultou positivamente, uma vez que concedeu ao recetor matéria visual para os dados quantitativos representados. Caso estes mesmos dados se encontrassem numa notícia ou num artigo, sem recurso a qualquer tipo de imagem, provavelmente a informação não passaria com o mesmo impacto e o recetor não sentiria tanta curiosidade.
O número de elementos na infografia encontra-se equilibrado com texto utilizado, todavia seria talvez de apontar a lacuna de, cada produto apresentar demasiados dados numéricos e nesse caso poderá correr-se o risco de a informação estar muita acumulada, assim comos os elementos. Os números em nada prejudicam a compreensão da infografia, no entanto em termos de organização e estética poderão registar-se algumas falhas.
A infografia não possui grande diversidade cromática, o que neste caso é aconselhado, sobretudo atendendo que se trata de um tema ligado à área da economia e das finanças, em que o melhor é simplificar, porque nem sempre podemos garantir que quem observa a composição será um atendido na matéria. Se um dos propósitos da infografia é auxiliar na compreensão de uma dada informação, o melhor é não complicar, seja por via da cor ou da abundância de elementos.
Embora o uso de fontes seja preponderante, especialmente se se tratar de uma infografia jornalística, este deve ser o mais apropriado possível e deve estar em consonância visual com todos os outros elementos, o que neste caso são premissas que não se verificam.
Concluindo, a infografia é um “espaço” onde todos os seus elementos atuam como um só e passam uma única mensagem. A diversidade e a complexidade são atributos a que a maioria das composições infográficas deve responder, todavia terá de existir uma rigorosa atuação que impeça que os elementos se sobreponham uns aos outros e confundam a mente do recetor. Mais do que uma representação visual da informação, a infografia deve comunicar de forma clara e explícita.
Infografia :
http://visual.ly/what-inflation
Bibliografia consultada :
Edward Tufte, Envisioning Information, Connecticut: Graphics Press LLC, 1990