terça-feira, 26 de março de 2013

A procura de tipografia - Parte II

Type design moves at the pace of the most conservative reader. The good type-designer therefore realizes that, for a new fount to be successful, it has to be so good that only very few recognize its novelty.
Stanley Morison



Hard work, good design.

segunda-feira, 25 de março de 2013

A procura de tipografia

Em sequência da segunda proposta de trabalho da disciplina de Design e Comunicação Visual, a minha atenção vai, agora ao encontro da tipografia. A tipografia, ou se quisermos apresentá-la como, a forma das letras, pode transmitir uma mensagem. Uma mensagem positiva ou negativa, infantil ou madura, consoante a nossa intenção. Para além da sua vertente puramente funcional, a vertente estética das letras assume uma grande importância: antes de lermos, vemos as letras. Estas não são apenas auxiliares de leitura, mas sim representações simbólicas diante dos nossos olhos.


Good letters are rare. Most of the letters we see about us are ugly, inadequate, or erratic.
Jan Tschichold, 1952


Hard work, good design.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Recolha fotográfica - ensaio teórico

A recolha fotográfica revelou-se um passo indispensável à realização da composição visual, uma vez que tivemos a possibilidade de agora, encontrar no contexto real, os elementos e as técnicas de comunicação visual. De entre algumas fotografias, que recolhi, decidi escolher a seguinte:


A escolha desta fotografia em particular, deveu-se ao facto de considerar que, a mesma reunia alguns elementos e das técnicas da comunicação visual e não apenas um. Ao observar esta imagem, podemos concluir que a linha é um dos constituintes, e pelo facto de se encontrar fechada, edifica um contorno, um círculo perfeito, conferindo igualmente uma direção curvilínea . A simetria “joga” também a favor desta imagem e o facto de os círculos serem tendencialmente mais pequenos à medida que se aproximam do centro, convoca um dos elementos talvez mais subjetivos, a escala, visto que a distinção entre círculos maiores e mais pequenos, é proporcionada só e apenas pelo contexto/cenário.
Verifica-se uma regularidade e uma simplicidade, que não é possível negar, a figura simétrica da imagem é preponderante e talvez auxilie neste campo das técnicas da comunicação visual, não dando lugar a muita atividade, mantendo a fotografia numa posição aparentemente passiva . A única possibilidade de movimento, talvez nos seja concedida pela forma curvilínea das linhas.
A textura, embora não esteja significativamente percetível, está presente: cada uma das linhas possui uma considerável saliência, uma “sensibilização (natural ou artificial) de uma superfície, mediante sinais que não alterem a uniformidade.” (in Design e Comunicação Visual).
Para concluir, é possível afirmar que, numa imagem à primeira vista considerada usual e simples de um objeto de decoração/mobiliário, encontramos uma complexa rede de elementos e técnicas da comunicação visual que, conjuntamente formam um todo, inevitavelmente diferente da soma das suas partes.

Bibliografia consultada :
Bruno MUNARI, Design e Comunicação Visual, Arte & Comunicação, Lisboa : Edições 70, 2001

quinta-feira, 14 de março de 2013

Memória descritiva - 1ª proposta

“Raise your glass” da cantora Pink revestiu e deu forma à composição visual que, assumiu desde o início o caráter mais desinibido e agitado da música . A ideia de movimento foi, de facto, uma premissa que, conseguiu transparecer na composição rectangular através da assimetria e, por meio de uma direção diagonal dos objectos, visível no posicionamento da boombox e dos copos . Na verdade, estes aspetos como a disposição diagonal e a assimetria criaram dinamismo à imagem, algo que era preponderante, tendo em conta a vitalidade e a energia da inspiração musical .

A comunicação visual personifica, exatamente, a colocação destas (vitalidade e energia) e de tantas outras características numa imagem, o que lhe confere até alguma “personalidade” . É, por isso, o principal objetivo da comunicação visual, imprimir nas imagens visualizadas todos os dias pelos indivíduos, uma mensagem, um significado, um sentido, uma lógica : “…estas mensagens tornaram-se parte do tecido da vida moderna quotidiana – desde as embalagens de cereais para o pequeno-almoço aos logótipos das peças de roupa e identificações de empresas de televisão” (in Graphic Design for the 21st Century).
Se no início do trabalho, a colocação de elementos básicos e técnicas de comunicação visual na composição, aparentava ser pouco espontânea, após uma visualização atenta do resultado final, há a consciencialização de que a integração daqueles não podia ser mais apropriada . Os elementos e as técnicas assemelham-se a um conjunto de instrumentos, que permitirão em última instância, transmitir/comunicar um estado de espírito ou até um sentimento com quem observa (“Podem atrair a nossa atenção de maneira audaciosa e direta ou envolver-nos lentamente com ambiguidade visual ou significados com dois sentidos.”, in Graphic Design for the 21st Century).

A palavra “party”, recorrente em toda a música, deu o mote para a representação de um ambiente de festa que, procurou-se obter na recolha fotográfica . Parte desta foi posteriormente selecionada para a composição . A utilização da fotografia concedeu, na verdade, um caráter mais pessoal à composição : tratou-se da visão/interpretação de duas pessoas relativamente a uma música, não seria pois, correto incorporar imagens que não tivessem o cunho do grupo e não fossem da sua autoria . Determinados objetos relacionados com o tipo de ambiente considerado, nomeadamente os copos, as plumas e a boombox, foram realçados através da utilização da escala, o que lhes concedeu algum destaque na composição . Neste caso, as fotografias de alguns copos aparentam ter uma dimensão relativamente superior às restantes, isto só acontece, porque todos os elementos se encontram inseridos dentro de um determinado contexto que, possibilita chegar a tal conclusão (“A medida é parte integrante da escala, mas sua importância não é crucial. Mais importante é a justaposição, o que se encontra ao lado do objeto visual, em que cenário ele se insere; esses são os fatores mais importantes.” in Sintaxe da linguagem visual).

Em jeito de conclusão, é de salientar a interpretação que a composição descreve, visto que não pretendeu afastar-se muito da dinâmica da música, apesar de constituir igualmente uma visão pessoal . O caos e a multiplicidade de elementos em ambos os contornos foram, de certa maneira, ao encontro do espírito de celebração de “Raise your glass”. Se o fulgor e a energia conseguiram transparecer, tratar-se-á de um trabalho bem-sucedido, apoiado em técnicas como a fotografia ou as escalas, onde a comunicação visual foi concretizada .

Bibliografia consultada:
Donis A DONDIS, A sintaxe da linguagem visual, São Paulo : Martins Fontes, 1991
Charlotte & Peter FIELL , Graphic Design for the 21st Century, 100 of the World's Best Graphic Designers, Alemanha : Taschen, 2003

Composição visual

Na primeira proposta de trabalho da disciplina de Design e Comunicação Visual, a elaboração de uma composição, tendo como tema uma música à escolha do estudante, era o principal propósito. Não descartando, obviamente o programa da disciplina, era imperativo que, os elementos básicos e as técnicas de comunicação visual não só influenciassem a composição, como a sua presença era igualmente indispensável . O resultado final foi o seguinte:


Glass can be inspiration !




Visto que, a música escolhida para a composição, vai de encontro ao objeto "glass", decidi fazer algumas experiências fotográficas com copos . Nas três primeiras fotografias, tentei fazer uma referência ao elemento da comunicação visual, a escala, utilizando na minha fotografia , copos mais pequenos e outros relativamente maiores.


Hard work, good design.

A procura de linhas e pontos

Algumas considerações sobre estes dois elementos da comunicação visual.
O ponto permite induzir o olhar e quando temos um conjunto de pontos, os quais já não conseguimos ler, podemos dizer que temos uma linha . Essa linha pode adotar diversas formas/expressões ,e quando é fechada , obtemos um contorno que, pode assumir a forma de um círculo, de um quadrado,ou de um triângulo.




Hard work, good design.

terça-feira, 12 de março de 2013

A prática, a estética e a simbólica

Agora que estou a conhecer um pouco do mundo do design, posso afirmar com toda a certeza que, de facto, esta área é muito do que mais que a simples estética . Antes de me iniciar nesta disciplina de Design e Comunicação Visual, sempre associei design a padrões, que ao invés de respeitar a razão, tinham como fundo apenas e só a estética. Talvez tivesse, por isso, a ideia errada de que, só sobreviveriam a design, aqueles que tinham aptidões para o desenho . Bem, o engano foi certeiro, é preciso muito mais que um olho artístico . O olho intelectual assume o principal papel. A idealização, a conceção, a elaboração de determinado objeto não se faz com um simples traço de lápis, é preciso saber interpretar o mundo que nos rodeia e observar atentamente .
A perspicácia é, portanto uma mais valia num ramo que, se adivinha vencedor em tão variadas áreas, desde embalagens, tipografia, produtos, cartazes publicitários,entre outros.
Em virtude, de tudo aquilo que foi dito, apercebi-me que até a roupa e o calçado que usamos, deriva de um design altamente massificado e produzido a nível mundial, a não ser que tenhamos alguma peça exclusiva de um estilista famoso, o que é altamente improvável, porque até nesses casos particulares, há uma ou duas cópias. Assim, observei as minhas sapatilhas e pensei: "Consigo encontrar três funções diferentes do design." Ora vejamos:


Função prática : Responde a uma necessidade do utilizador - Posso estar a precisar de calçado confortável e considerar umas sapatilhas, a opção ideal.


Função estética : estabelece-se uma relação psicológica com objeto, um sentimento de aceitação, por exemplo, porque as cores das sapatilhas são apelativas.


Função simbólica : diz respeito aos símbolos, neste caso o símbolo da Nike, que é reconhecido a nível mundial.


Hard work, good design.

domingo, 10 de março de 2013

A comunicação visual nos livros

"Ninguém ignora que um bom impressor quando encontra um livro novo observa a capa, abre-o acompanhando a folha com a mão, observa os caracteres tipográficos, como estão dispostos e de que tipo são e se são originais ou de um fundição secundária, observa e critica o papel, a encadernação, vê se a lombada do livro é redonda ou quadrada (...)"

Bruno Munari in Design e Comunicação Visual, da coleção Arte & Comunicação, Edições 70, Lisboa, 1991











Hard work, good design.