A escolha desta fotografia em particular, deveu-se ao facto de considerar que, a mesma reunia alguns elementos e das técnicas da comunicação visual e não apenas um. Ao observar esta imagem, podemos concluir que a linha é um dos constituintes, e pelo facto de se encontrar fechada, edifica um contorno, um círculo perfeito, conferindo igualmente uma direção curvilínea . A simetria “joga” também a favor desta imagem e o facto de os círculos serem tendencialmente mais pequenos à medida que se aproximam do centro, convoca um dos elementos talvez mais subjetivos, a escala, visto que a distinção entre círculos maiores e mais pequenos, é proporcionada só e apenas pelo contexto/cenário.
Verifica-se uma regularidade e uma simplicidade, que não é possível negar, a figura simétrica da imagem é preponderante e talvez auxilie neste campo das técnicas da comunicação visual, não dando lugar a muita atividade, mantendo a fotografia numa posição aparentemente passiva . A única possibilidade de movimento, talvez nos seja concedida pela forma curvilínea das linhas.
A textura, embora não esteja significativamente percetível, está presente: cada uma das linhas possui uma considerável saliência, uma “sensibilização (natural ou artificial) de uma superfície, mediante sinais que não alterem a uniformidade.” (in Design e Comunicação Visual).
Para concluir, é possível afirmar que, numa imagem à primeira vista considerada usual e simples de um objeto de decoração/mobiliário, encontramos uma complexa rede de elementos e técnicas da comunicação visual que, conjuntamente formam um todo, inevitavelmente diferente da soma das suas partes.
Bibliografia consultada :
Bruno MUNARI, Design e Comunicação Visual, Arte & Comunicação, Lisboa : Edições 70, 2001
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